meu espírito poético,
aquele que vagueia como um duende fascinado,
ressuscitando a minha infância,
tocando o sonho e esquecendo a realidade,
ressuscita lembranças até ao esgotamento
e com elas traz-me a saudade...
só ele sabe falar-me do tempo
do tempo que conspira contra mim,
é este espírito, a luz que me olha assim
e que me faz esquecer
os dias
que me esvaziaram os olhos,
e num esforço palpitante,
num chamamento ofegante
pega-me na mão e dita-me o que escrever
sede d'amor, dores, alegrias
uma e outra vez
até a carne me rasgar
e eu num silêncio de pedras
escrevo até cansar...
aquele que vagueia como um duende fascinado,
ressuscitando a minha infância,
tocando o sonho e esquecendo a realidade,
ressuscita lembranças até ao esgotamento
e com elas traz-me a saudade...
só ele sabe falar-me do tempo
do tempo que conspira contra mim,
é este espírito, a luz que me olha assim
e que me faz esquecer
os dias
que me esvaziaram os olhos,
e num esforço palpitante,
num chamamento ofegante
pega-me na mão e dita-me o que escrever
sede d'amor, dores, alegrias
uma e outra vez
até a carne me rasgar
e eu num silêncio de pedras
escrevo até cansar...
natalia nuno
Lausanne 05/06/2016
Lausanne 05/06/2016