quinta-feira, 17 de novembro de 2011

NADA SEI, NADA MAIS QUERO SABER.

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Rememoro poemas!
Quero ressuscitar memórias e imagens
escondidas no interior do meu olhar.
Visões, sonhos vislumbrados,
Inspirações d'outros tempos
passados.
Ressuscitar a felicidade do amor
Esvaziar o coração da dor
Mas insiste esta desmemória
que contra mim conspira.
Que cala com impiedade,
irrompe como vulcão,
me deixa só a saudade.
E o coração na mão.

Meus sonhos se lêem
nestes poemas já escritos
Sonhos esfarrapados, destruídas
memórias, nostalgias, gritos
Já os meus olhos não veêm.
Mas o coração ainda sente.

Na hora de esperar o poente.
Minha imaginação cai no vazio
Se inquieta com a obscuridade
Que trepa na minha mente
Cinzento fumo onde até a saudade
se converte bruscamente
num rio onde minhas lágrimas se afundam.

Não há retorno
Tudo é incerteza na escuridão
Nas minhas veias há o calor dum sol morno
E eu já entrego meus olhos e o coração.
E assim a vida se evade, veloz
fica  o fim da memória frio e solitário
e nela o remoto horizonte dos sonhos.
E eu rememoro e choro,
fico mais perdida ainda!
Num voo indecisa, com a vida desavinda.

Como será para lá do Inverno?
Se o tempo partiu  para nunca mais?
Resta minha lágrima de resignação
Nada sei, desconheço o inferno
Afasto-me deste pensar, desta prisão
Ouço minha angústia a tiritar
Mas vivo até ao último minuto
disposta a enfrentar
Nada mais sei, nada mais quero saber
Pavor do vazio?
Medo do medo?
Um negro rasgão é
sombra de mim no coração.
Então depois, só então!
A morte é a minha esperança.

rosafogo
natalia nuno

imagem do blog
imagens para decoupage.

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