coisas que penso a sós
lembranças que m' ajudam a viver
olho minhas mãos mortas
e nelas os nós
e a dor da saudade, que saudade
me vem trazer
gestos caídos no vazio
a vida dura, que ainda dura
partiram os sonhos, secou o rio
palavras cegas, obstinadas,
quebradas
delírios, desilusões, visões,
espelhos esquecidos de mim
mas o coração não se rende
vai até ao fim
não decifro meu semblante
nem a mão que escrevia
um pouco de odor a dia distante
o que resta no dia a dia
vou caindo no desconhecido
perdida e só...
num labirinto de memórias
engastada na obscuridade
e diante do nada na garganta
o nó,
surge em mim a saudade.
natalia nuno
imagem pinterest
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