segunda-feira, 24 de junho de 2024

poema rebelde...



apaguei o remoinho da chama
fechei os olhos e pensei
porquê o poema reclama
se ainda nada lhe dei?

a chama azul surgiu
emanava da minha obscuridade
rebelde o poema sentiu
roçando na minha pele
 - a saudade!

poema imprevisível na ternura
palpita em mim sem que eu queira
nasce como água da fonte fresca e pura
da saudade que do meu coração
- se esgueira.

poema com a luz da amendoeira
e o canto da brisa
lembra tudo o que fui e esqueci
e é de novo a ternura que precisa.
- já não quero outro céu
que este poema, que traz a saudade
de ti.


natalia nuno
imagem pinterest



1 comentário:

Roselia Bezerra disse...

Boa noite de Paz, querida amiga Natália!
Um poema cheio de saudade de um tu que se foi...
A poesia faz por nós o que não fazemos por ela...
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos