canta-me o mar numa linguagem apaixonada
canta e encanta,
julgando-me sua amada
mar íntimo que me sussurra ao ouvido
num lamento, parecendo reza,
em mim brotam os sonhos
no pensamento uma luta acesa
deixo-me afastada do presente
neste mar do entardecer,
à noite com ele me enlaço
e vou até à infância sem me perder,
à juventude veemente
que não quero esquecer.
aspiração a que submeto o coração
trago agora o mar em repouso
e a vida sem luta e sem rumor
onde só a saudade entra, e ouso
arrancar de mim, da morte o temor.
os sonhos são uma utopia
e a vida uma celebração
este meu mar dia a dia
onde me levará então?
talvez ao fracasso da recordação
e do canto ao pranto!
natália nuno
rosafogo
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