mãos que trago ainda atadas pela vida,
que importa isso agora?
vêm de longes ignorados,
só as palavras vivem o prazer
de conhecer seus desejos incontidos,
alheadas de tudo,
às vezes vazias adormecidas no regaço
tentando esquecer o cansaço
a deixar o tempo correr.
quando deste pelas minhas mãos
-sôfregas?
desenhando carícias em teu corpo
na melancolia de qualquer tarde doce
como o tempo voa!
quem dera ainda fosse...
são agora mãos cheias de nada
vão cerzindo as curvas do tempo.
natalia nuno
1 comentário:
Lindíssimo, encantador de ler
.
Saudações cordiais
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Enviar um comentário