quarta-feira, 2 de março de 2022

fruto dos meus silêncios...



já não choro devagarinho
já não é segredo meu chorar
o choro na garganta segue caminho
fica a dor no peito a rasgar,
o que digo e desdigo
o que nos versos lamento,
deu-me a vida por castigo
trazer de amor o coração sedento,
meus queixumes são saudade
são dor que ainda não domino
do fogo aceso da felicidade
que ao relembrar, dói quando termino.
nesta febre que sempre dura,
há tanto tempo por resolver
procuro a paz e a ternura, 
na memória, fonte onde vou beber.

natalia nuno
rosafogo


4 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Boa noite de Paz, querida amiga Natália!
Já não é segredo meu chorar...
Que verso perfeito, querida poetisa!
Na memória, eu busco também a paz e a ternura.
Tão lindo seu poema!
Tenha dias abençoados!
Beijinhos carinhosos e fraternos

chica disse...

Oi, Natália! Sempre lindas e intensas tuas poesias! Gostei! beijos, chica

Graça Pires disse...

Um coração sedento de amor, numa febre que sempre dura. Que haja uma nascente para acalmar a sede que as palavras reclamam.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.

Maria Rodrigues disse...

A saudade aperta e faz doer o coração, mas tantas vezes, são as memórias do passado que ajudam a seguir em frente.
Maravilhoso poema.
Beijinhos