grita o vento, vem tempestade
nunca o ouvi gritar assim,
grita no peito a saudade
com a saudade, que tem de mim.
quieta a noite, abismo, obsessão,
as estrelas estão agitadas
em mim ferida no coração
p'lo rosto lágrimas choradas
destilam as horas, desde que partiste
da mente não sai o instante,
procuro esquecer o que já não existe
mas é duro calar e aceitar
a sombra da tua ausência,
um destroçado muro no peito,
abandono-me em lençóis de esquecimento
e como náufraga, afundo-me como sonânbulo
vento...
à tua espera fica esta ferida aberta
vou olvidar meu instinto, nesta noite deserta.
natalia nuno
rosafogo
2 comentários:
Mais um poema lindíssimo de ler. Sempre brilhante.
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Cumprimentos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Obrigada RICARDO, bom fim de semana.
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