só a solidão me amedronta
gosto de sentir a cadência da água
esquecer da solidão a afronta
e da saudade a mágoa
de ver o tempo fugir
ficar neste melancólico outono
sentir o abandono
perdida no meu divagar
como se fora gaivota perdida
no mar...
gosto de lembrar o tempo
em que subias pelo meu corpo
como o sol, em que eu era para ti
um girassol, que te envolvia
como atiçado vento,
gosto de ter-te em meu pensamento
invento sonhos, quando a solidão
me apoquenta e a vida se espalha lenta,
no coração neste final de estio
onde só a saudade corre como rio.
arrasa-me o tempo
meu olhar perde-se na vastidão
deixo poucas palavras por dizer
ainda bate meu coração
vai-se apagando em si mesmo
na inquietude que é viver.
natalia nuno
rosafogo
4 comentários:
Gosto mais desta apresentação dos poemas. Gostei muito de ler este.
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Domingo feliz.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Amiga, gostei imenso deste seu poema. Gostaria de ter disposição para escrever algo parecido. Publiquei-o no CLUBE DE LEITURA (Facebook). Bom Domingo. Beijinho. António Pais.
gosto de lembrar o tempo
em que subias pelo meu corpo
como o sol, em que eu era para ti
um girassol, que te envolvia
como atiçado vento.
Boa noite de domingo, querida amiga Natália!
Tão belo e como o girassol voltado para o sol, seja o Amor para nós.
Tenha uma nova semana abençoada, amiga!
Beijinhos carinhosos e fraternos de paz e bem
Olá amiga Natália
É sempre um prazer ler um poema tão deslumbrante
É o amor que encanta e nos fascina
Uma linda e abençoada semana
Beijinhos
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