terça-feira, 30 de junho de 2015

poema triste...




não tenho mais memória
nem alento
tão perto de mim mesma  e
tão distante
com os olhos no esquecimento
numa incerteza sufocante
dentro de mim,
cresce um estremecimento
uma amargura constante
e cega
afogando-me num pranto
onde a solidão me pega.

sobrevivo por instinto
como uma labareda
que se nega a apagar
sobrevivo ao vendaval que se precipita
como o silêncio que corta o ar
como a folhagem que ferida grita
vai caindo, caindo sem parar
até ficar imóvel pelo chão
assim…assim está meu coração!
lentidão, vazio e sombra
contínuo esquecimento
sem mais memória...nem alento.


natália nuno

escrito na Fuseta
4/2015

5 comentários:

Paulo Knop disse...

Lindo, Lindo

Leonor C.. disse...

Gosto da tua poesia, amiga.

Beijinhos

orvalhos poesia disse...

Obrigada Paulo, pela visita bem hajas.

orvalhos poesia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
orvalhos poesia disse...

Olá Leonor, e eu gosto de saber, porque sei que és sincera...obrigada amiga.beijocas