Estava aqui a pensar, ou por outra a falar com os meus botões, que preciso de umas palavras requintadas, palavras de classe, não preciso saber o significado, mas sem dúvida tenho que aprender algumas, é que as minhas são palavras de trazer por casa, palavras simples, claras como a água dum ribeiro, palavras do dia a dia, pão pão, queijo queijo, palavras de pé descalço, mas de facto com meus cabelos já embranquecidos não tenho paciência para melhorar o vocabulário, ainda assim, lá terei que aprender uma meia dúzia dessas de sair à rua. Palavras bonitas e finas entrecruzam-se no meu sonho desde a minha infância, mas o tempo se apoderou do sonho e da palavra, e eu, fiquei assim acertando as ideias, na esperança como dizia ainda há pouco, de aprender mais algumas palavras finas. É que eu sou uma poeta louca, sonhadora, um visionária, um instante rindo, outro em pranto, e logo no outro sonhando...
Triunfal a palavra em mim nasceu,
foi o destino que assim me fadou,
assim mesmo ela em mim cresceu
deixou-me em perdidas ocasiões
criou em mim ilusões
deixou-me em perdidas ocasiões
criou em mim ilusões
Poeta a vida me sagrou.
Esta loucura, é passageira, estou a tentar escrever prosa, mas já vi que que não vai ser farta a minha lavra..
a poesia me desencaminha
com doçura e paixão
é sonho que me acarinha
aprisiona-me o coração...
e assim há um vendaval aprisionado em mim que se chama «poesia», palpita como um salto de água com seu sussurro matinal, precipita-se extenuada, pungente, com a transparência azulada do meio dia, e sempre com a inquietude duma gazela... «poesia», magia que me traz a paz e a colheita de sonhos, certezas e incertezas na lenta cadeia dos dias ...fico ali ao canto do alpendre olhando o fundo branco de cal, as trepadeiras floridas ao céu erguidas, e num sombrio recolhimento onde o sonho sempre me espera...daqui a pouco surgem as sombras, fico eu e elas na escuridão da noite a celebrar o vazio da lágrima que nos afoga... e assim com a cegueira do silêncio a encher-me os olhos, meus lábios cegos plantaram mais umas palavras.
natalia nuno
rosafogo
a poesia me desencaminha
com doçura e paixão
é sonho que me acarinha
aprisiona-me o coração...
e assim há um vendaval aprisionado em mim que se chama «poesia», palpita como um salto de água com seu sussurro matinal, precipita-se extenuada, pungente, com a transparência azulada do meio dia, e sempre com a inquietude duma gazela... «poesia», magia que me traz a paz e a colheita de sonhos, certezas e incertezas na lenta cadeia dos dias ...fico ali ao canto do alpendre olhando o fundo branco de cal, as trepadeiras floridas ao céu erguidas, e num sombrio recolhimento onde o sonho sempre me espera...daqui a pouco surgem as sombras, fico eu e elas na escuridão da noite a celebrar o vazio da lágrima que nos afoga... e assim com a cegueira do silêncio a encher-me os olhos, meus lábios cegos plantaram mais umas palavras.
natalia nuno
rosafogo
2 comentários:
Olá Natália
Quem assim fala não desatina.
Deixa chorar e cantar o coração.
Porque o teu sonho de menina,
Nunca o desprenderás, da mão!
Tuas palavras são sorrisos
Que em mim vem poisar
Elas são meus paraísos
Onde me deixo, descansar!
É muito bom ler as tuas palavras. Pelo que dizem, e no muito que deixam nas entrelinhas!
As palavras serão sempre das tuas maiores forças. Nunca as abandones!
Beijos com o carinho de sempre.
Meu querido amigo, sempre a animar-me, obrigada por isso, esta minha prosa já tem tanto tempo estava no arquivo, de quando em quando deixo à solta um dos prisioneiros, porque se um dia os acho bonitos no outro penso que não vale a partilha, mas fico sempre mais animada quando me deixas tuas bela quadras e tuas palavras amigas.
Beijinho com meu carinho, meu bom amigo
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