segunda-feira, 6 de junho de 2011

SONHO



Quando tudo adormece à minha volta
Ponho-me a perscutar o Céu
Minha imaginação fica à solta
E aí vou eu!
Subo bem alto ao céu brilhante
E vejo o mar de raiva explodindo
E a lua de olhar faiscante
Deixa escapar um sorriso lindo.

Aí entrego meus ais ao vento
Que os devolve à maré cheia
E as marés os depejam em lamento
Nas praias de fina areia.

Vejo a terra toda bordada
E ao longe já vejo o dia
E já bem acordada!?
Deslizo na manhã fria!
Varre-me o vento salgado
E o sonho me é arrancado.
Ele que meu desejo trazia.
Voltar lá longe ao passado.

Porque haveria eu de ter nascido
Se nem me é dado sonhar?!
De que serve o sangue ter corrido
Se dos olhos trago lágrimas a pingar.
Às vezes me visto de encanto
E o sonho a mim se enreda
Lá subo ao Céu com espanto
Com minha veste de seda.

Fico longe da tristeza
E dos dias agonizantes
Leve... uma pena em leveza!
Saio das quatro paredes sufocantes
E é tamanha a minha ventura
Que no sonho sou donzela
Esqueço até a desventura...
E da infância?
Estou perto dela.
Varre-me o vento salgado
E o Sonho, é-me à força arrancado.

rosafogo
natalia nuno
imagm do blog imagens para decoupage

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