terça-feira, 19 de abril de 2011

VOU AO FUNDO DAS HORAS



Vou ao fundo da horas
Parece que tudo passou
No fundo da alma, saudade moras
Estendo-te a mão, aqui estou.
Esta noite não tem lua
E há  no ar agoirentos sinais
O que fui outrora?
Não volta jamais!
Nua,
com a cruel realidade
P'la vida fora
Levarei saudade.

Sou flor murcha, amarela

Quem é quer saber dela?
Carrego a saudade
Dolente magoada
Vai suave a tarde
Morrendo daqui a nada

Tudo soa banal!
Como julgar-me imortal?
Esta é a noite da revolta
Uma noite fria
Já não há volta
Meu corpo esfria.

Sou flor murcha, amarela
Quem é quer saber dela?
Carrego a saudade
Dolente magoada
Vai suave a tarde
Morrendo daqui a nada.

Nas horas restantes
Da vida da gente,
Há alguns instantes
Brilhantes como sol no poente
E outras arrastadas pelo vento
Passam por nós em torvelinho
Deixam-nos sem alento
Na solidão do caminho.

natalia nuno
rosafogo

imagem do blog-imagens para decoupage

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