palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
terça-feira, 19 de abril de 2011
VOU AO FUNDO DAS HORAS
Vou ao fundo da horas
Parece que tudo passou
No fundo da alma, saudade moras
Estendo-te a mão, aqui estou.
Esta noite não tem lua
E há no ar agoirentos sinais
O que fui outrora?
Não volta jamais!
Nua,
com a cruel realidade
P'la vida fora
Levarei saudade.
Sou flor murcha, amarela
Quem é quer saber dela?
Carrego a saudade
Dolente magoada
Vai suave a tarde
Morrendo daqui a nada
Tudo soa banal!
Como julgar-me imortal?
Esta é a noite da revolta
Uma noite fria
Já não há volta
Meu corpo esfria.
Sou flor murcha, amarela
Quem é quer saber dela?
Carrego a saudade
Dolente magoada
Vai suave a tarde
Morrendo daqui a nada.
Nas horas restantes
Da vida da gente,
Há alguns instantes
Brilhantes como sol no poente
E outras arrastadas pelo vento
Passam por nós em torvelinho
Deixam-nos sem alento
Na solidão do caminho.
natalia nuno
rosafogo
imagem do blog-imagens para decoupage
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