palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sábado, 9 de outubro de 2010
TROVAS(Campesinas)
TROVAS (Campesinas)
Colhi um cesto de amoras
Vermelhas lá no silvado
Até me esqueci das horas
Só de te ter ao meu lado.
Olhei então as amoras
Desejos havia à solta
Esqueci-me até das horas
Por te ter à minha volta.
Olhei teus olhos nos meus
Fiozinhos duma nascente
Brilharam os meus nos teus
No caminho me fiz gente.
Esqueci-me até da fadiga
Ao olhar-te ao meu lado
Cantastes-me uma cantiga
Escutei-te mas com cuidado.
Apanhei pedaços de estrelas
Das que me deste do teu céu
Colhi amoras mas ao colhê-las
Deu-me a fome... ai se me deu!
Nas tenras folhas do milho
Fui escrevendo, sonhos meus
Regressei envolta em sarilho
Porque acreditei, meu Deus?!
Promessas, promessas são!
E tudo ouvi da tua boca
Entreguei-te meu coração
Mas tua paixão era pouca.
Quadras populares, escritas na aldeia em 2002.
natalia nuno
rosafogo
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