palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sábado, 9 de outubro de 2010
PERDIDA
PERDIDA
Quando a aurora vier
E por aqui não me encontrar
Digam-lhe que vou partir
P'ra me esquecer!
Que não irei voltar.
Esperança pelo chão espalharei
Na esperança de não me perder
E só eu sei, o que passei,
Vendo os anos a correr.
Levarei saudade pela mão
Enquanto no peito,
bater o coração.
Levo também algum desgosto
Avivado nesta hora
Nas rugas deste meu rosto
Vou andando, vou-me embora.
Levo também um gemido
Que chorei algum tempo atrás
Reguei meu rosto sentido
Quero esquecer e não sou capaz.
Cansei de palmilhar caminho
De tanto sol e vento nele havido
De tantos dias ter cumprido
Cansado meu coração é velho moinho.
Colhi rosas, cardos e também espinhos
E hoje ao relembrar sinto saudade
Cansada de palmihar caminhos?!
Ainda assim, grangeei a liberdade.
Meus passos me atraiçoam já
Me estorvam de regressar e partir
Quando a aurora vier por cá?!
Digam-lhe que fui...
para sempre dormir.
rosabrava
natalia nuno
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2 comentários:
Minha querida
Como sempre um lindo poema, sentido do fundo da alma.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Obrigada amiga, pela visita e pelo carinho.
Beijinho
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