tudo ainda arde com formosura
tanta, que ainda na memória dança
a ternura, gemidos d' amor,
já à distância,
esse amor que ainda nos abraça
com a mesma magia.
hipnotiza-se o sol nas águas do rio
enquanto sussurro metáforas, fio a fio.
confidências me fazia a aurora
já nada se repetirá, os segredos aprendidos,
a música dos pássaros aos ouvidos,
como inventar a hora
de me devolver todos os sentidos?
vem o luar de Agosto,
meu companheiro de segredos
e eu ferida de saudade,
no pulsar do tempo, meus medos,
tua sombra limpa claridade
e as palavras asas dos meus dedos
os caminhos levam meu olhar
inquietas as malvas orvalhadas
o frenesim dos pássaros na ramagem
papoilas ao vento despenhadas
e no meu coração a tua imagem
de então.
e assim flutua ainda tudo na retina
tudo no horizonte deste poema
a fragrância formosa da terra
que é meu preferido tema
não existe agora mais que este céu
acende-se um arco-íris que é teu e meu
junto ao salgueiro adormecido,
lembrança de tanto nos havermos querido.
natalia nuno
rosafogo
4 comentários:
Olá, querida amiga Natália!
Ferida de saudade não vivemos com qualidade de vida.
Mas os poemas saem lindos...
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho
Obrigada querida amiga, meus dias estão sombrios, minha filha preocupa-me pois é grava o problema de saúde.
Mas tenho fé!
Um beijinho, tudo bom para ti.
Que poema tão sensível e belo! Antes que a memória se perca, convocamos a cumplicidade das palavras para dizer tudo o que o coração guarda.
Uma boa semana.
Um beijo.
Grata querida amiga Graça, bom receber seu apreço.
Bom domingo
Um beijo.
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