há uma luz cativa numa folha despida
efémera glória sua beleza
depois da tempestade
condenada, ninguém dela terá saudade
já não a ouves sonhar
julgando suprema sua imagem
reenventa na noite cristais
perde-se na paisagem
na escadaria infinita onde caíu
na página onde escrevo
ninguém a viu.
folha despida, feita em fragmentos
numa ânsia derramada
levada p'los ventos
a vida emudecida
ao abandono, nesta veloz escrita
aprisionada no outono
segue pensando, enquanto o coração bate forte, grita.
natália nuno
rosafogo
3 comentários:
Bom dia de setembro, querida amiga Natália!
Uma simples folha despida pelo outono audacioso é capaz de proporcionar um belo poema pelas mãos haveis da poetisa.
Tenha um novo mês abençoado!
Beijinhos
A folha foi com o vento, mas levou com ela a luz. Vai voltar com certeza. Belo, o seu poema, Natália.
Uma boa semana.
Um beijo.
Natália,
Que delícia de versos.
Suaves e tão
perfeitos.
Vou amar te-la no Espelhando.
Bjins de encantamento.
CatiahoAlc.
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