quarta-feira, 21 de junho de 2023

recordar



onde a luz não existe
o amor nos esquece
no peito uma débil presença
que vai caindo, 
mas que ainda persiste

nas densas madrugadas,
aparece
com sombras acinzentadas,
na memória que ainda o acaricia

aquele amor, violino,
que toda a noite se fazia ouvir
e era como se o tempo
parasse ali, tempo divino
com aroma a flores do vale
aroma tão dentro de nós
mesmo que apagada a voz

natalia nuno
rosafogo




2 comentários:

Majo Dutra disse...

Muito belo e expressivo, Renata.
Grata pelos bons momentos de leitura.
Beijinho
~~~~~~~~~~

Cidália Ferreira disse...

Gostei muito do poema!! Parabéns :))
.
A vida, no mais normal possível...
.
Beijos, e uma boa tarde!