através das cortinas da alma,
vou remando até à infância,
nada me barra o caminho,
e fico a boiar no poente em liberdade,
agradeço a Deus por ofertar-me o sonho,
e a saudade
que me permite encher o peito de seiva nova,
reconcilio-me comigo mesma,
e em equilíbrio fica o coração
com amor de sobra,
serena, mais lúcida, vou continuando o caminho
partem as horas, fica o cansaço,
inacabado o sonho,
voltam os anseios como trepadeiras
dando-me abraço.
o cansaço disfarço!
esqueço as canseiras,
adensam-se as lembranças dos beijos frementes de desvario,
suspiros do sol interrompem meu frio,
escapo-me pelo meio desta nostalgia
e vou vivendo, sorrindo de novo dia a dia.
natalia nuno
(rabiscos) 1972
4 comentários:
Lindo de ler
.
Um domingo feliz … Saudações cordiais.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Atenção: O seu blogue acusa estar infetado com vírus
Cumprimentos
Que poema fabuloso! Obrigada pela partilha!
-
Pintam flores com aguarelas
.
Beijo. Bom fim de semana!
agradeço a Deus por ofertar-me o sonho,
e a saudade
que me permite encher o peito de seiva nova,
reconcilio-me comigo mesma...
Boa noite de domingo, querida amiga Natália!
Que lindeza de prosa poética!
Escrever disfarça bem o cansaço... Até chega a relaxar mesmo.
Vamos para lindas lembranças, independentemente dia tormentos e rebuliços diários.
Feliz de quem poeta com tanta sensibilidade.
É um refrigerio!
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos
Enviar um comentário