escrevo para todos, mesmo os que não me lêem
escrevo de olhos fechados
sinto-me no meio da multidão
escrevo para os que crêem que o amor vem do
coração.
escrevo nas águas que correm ao mar infinito
ergo-me e precipito-me sobre o mundo
tanta vez com indignação, este meu grito profundo,
escrevo quando amanhece e o sol nasce
enquanto homens, mulheres e crianças
são abatidas e a brutal guerra faz-se!
o poema nasce lento
nesta noite quase perfeita
só com meu pensamento, perto do firmamento
neste céu nocturno, o poema se ajeita.
as palavras que escrevo não fazem ruídos
tal como os mortos em silêncio esquecidos
os gemidos dos que sofrem chegam-me aos sentidos,
cabe tanta solidão em mim,
além no horizonte o dia vai crescendo,
e não me traz vontade por fim
porque a triste verdade, é que as crianças vão morrendo
é a dor que se sente, o sonho de paz que adormeceu
nas minhas mãos basta!... não há mais guerra!
nelas afirmo vida, e um mundo de paz nesta terra
prometida...
escrevo para quem suporta a vida
para os que existem quase sem existência
embora lutando,
dia a dia, p'la paz com resistência..
natalia nuno
rosafogo
2 comentários:
escrevo quando amanhece e o sol nasce
enquanto homens, mulheres e crianças
são abatidas e a brutal guerra faz-se!
Boa noite de sábado, querida amiga Natália!
Na lentidão do pensamento, cozinhou um lindo alimento poético ao espírito.
Muito linda a construção de um poema.
Tenha um domingo abençoado!
Beijinhos
Obrigada querida Rosélia, bom domingo e boa semana, que Deus lhe saúde e muitas alegrias.
Beijinho
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