observo os últimos raios de luz, estou vazia...a noite como um lago tranquilo, tremem as estrelas, a lua recita versos de qualquer saudade, e a brisa da infância que sempre me espera, adoça o vazio que há em mim... não sei se vou acordar, escolho ficar no sonho, numa fantasia que me incendeia, deixo-me ir nesta utopia que me protege da sentença dos anos, calada a minha pena nos olhos apaga-se, evoco memórias, mato a sede, perco-me no sonho como uma nau se perde na bruma, desço na noite imensa e deixo para trás
os meus fantasmas interiores, sinto a outra que também sou e a tristeza por tê-la abandonado, embora dentro uma da outra, sempre tenhamos estado...
natalia nuno
imagem pintarest
escritos dum outro blog meu.
6 comentários:
Uma prosa poética simplesmente maravilhosa!! :)
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Nas dobras do tempo...
Beijos. Votos de uma excelente semana
As memórias da infância adoçam tantas vezes os momentos mais cinzentos e vazios do presente.
Sentidas e profundas palavras num texto sublime.
Beijinhos
Bom fim de noite, querida amiga Natália!
Muito bom saber-se vazia... Por um lado, há como encher-se de coisas boas... Tem espaço em si...
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho fraterno
Obrigada pela presença amiga Cidália, que seja bom seu fim de semana que se aproxima.
Beijinho
Boa tarde amiga M. Rodrigues, sem dúvida que assim é, ainda tenho muitos sonhos com infância,
onde a natureza está sempre presente assim como as pessoas que me acarinhava. O tempo voou, e agora vou também relembrando, são momentos felizes estes.
Obrigada pela visita.
Beijinho
Olá querida amiga Rosélia, relembrando momentos passados muitos foram felizes, então o tempo presente se torna menos penoso.
Beijinho com carinho, desejando estejas bem.
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