a pouco e pouco envelheço
vou mudando de aparência
um dia mais que amanheço
saudade da minha ausência
trago fundas as olheiras
não pedi para aqui chegar
as rugas foram as primeiras
irónicas rondando meu olhar
voluntária não me ofereço
para morrer, tempo tenho
a pouco e pouco envelheço
grande saudade donde venho
virá a época da colheita
com sinceridade a temo
logo a morte estará à espreita
não a nego nem blasfemo
a noite apagará as estrelas
chega a nevoenta madrugada
sonhando inda irei vê-las
no fim desta caminhada
no poema vivo e candente
ficará a força que tenho
viverá a recordar eternamente
a saudade de onde venho...
numa pedra gravarei meu nome
talvez alguém me queira saudar
outro alguém por Poeta me tome
p'los versos q' meu sol m'fez semear
natalia nuno
rosafogo
imagem pinterest
2 comentários:
Boa noite de paz, querida amiga Natália!
Gostei muito do segundo versinho, mas todos têm sua relevância.
Versos assim eu gosto muito de criar também, são tão livres e singelos.
Tenha dias abençoados na nova semana!
Beijinhos com carinho de gratidão
Versos soltos deslumbrantes.
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Uma semana feliz … Cumprimentos.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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