no segredo da tarde abrem-se as águas dos meus olhos, mas, no meu coração sinto a alegria duma ave livre, percorro o ocaso vermelho com satisfação, e posso imaginar-me num dia de luz de verão, sinto-me o último pássaro tocado pelo sol e pelo vento, que renuncia a partir, passou o outono cintilante de amarelo e dourado, já se apanhou o centeio, veio o inverno em nostalgia aprofundado, há sombras nas ramas, oscilam os abetos, mas eu sei que me esperas, que me amas, é bom sentir o presságio dos teus afectos...depois mais tarde, serei ave que voa sem qualquer memória, beijada pela bruma, e a quietude renascerá em mim até ao fim...no destino da tarde em pleno entardecer, acariciada por nostálgicas mãos ... as tuas!
1 comentário:
Boa noite de paz, querida amiga Natália!
O entardecer é belíssimo e traz consigo uma magia que nos faz compormos com serena afeição.
Lindo poema como sempre.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho de gratidão
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