quando nasci, nasci sem vontade
o tempo começava aí
a roubar-me a idade...
começava o ano, fazia frio
mas lá fui nascendo, trazendo
comigo a força do rio.
gritando magoada, a voz ferida
senti-me perdida,
o dia cinzento, estranho,
e eu sem tamanho,
sem nome
sem saber quem era,
resolvi não querer...e minha mãe à espera!
eram as curvas e encruzilhada
subi uns degraus voltei a descer
e meu coração batia de medo
de não ser amada,
então pra nascer, ainda era cedo!
daí a saudade do lugar donde vim
onde me abria como uma flor
não tinha idade, nem nome,
mas sentia amor...
nasci por fim, no xaile da mãe enrolada,
era então madrugada e eu vim
pronta para amar e pra ser amada.
natalia nuno
01/2008
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