segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

à vida já nada cobro...



a noite arrasta seu manto
de brilho,
enquanto escrevo a memória
de meus passos
quero fugir ao caminho, sigo trilho
onde encontro corações e abraços
meu sonho é agridoce
e o tempo mordaz
meus passos lentos não são como
se ontem fosse
e o espelho não me mostra o rosto
não é capaz!
tempo que me apaga
sinto o coração a sair do peito
só o sonho me afaga
e eu me debato deste meu jeito
dobro o choro, choro e dobro
à saudade imploro
e à vida já nada cobro.

natalia nuno
rosafogo


4 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Mais uma pérola poética que me deliciou ler.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos

Cumprimentos poéticos

orvalhos poesia disse...

Obrigada amigo Ricardo, pelas visitas ao meu Blog, nem sempre tenho correspondido por não me encontrar muito bem de saúde, estou com uma ciática, que me tira a vontade de tudo, nada pára isto e só dia 21 tenho consulta para mostrar os exames, passei por isto tinha à volta de cinquenta anos e agora de novo.
Boa semana, e boa saúde.

Poetisa Carol Carolina disse...

Mais um poema bem do teu jeito Amiga Poeta Lusa.
Saudoso cheio de lembranças. Espero que melhore do ciático, tenho mas me incomoda pouco.
Abraço da amiga gaúcha, beijinhos, melhoras e boa semana.

orvalhos poesia disse...

Olá amiga Carol
Estou cansada esta dor não me deixa, já é a segunda vez na mesma perna, a primeira vez tinha quarenta anos passou-me com acupuntura, agora já fiz os exames mas só tenho médico dia 21, estou a tomar medicação mas é como água, nada faz efeito, o que vale é que não saio e sentada, não e tão doloroso, mas até para escrever, movimentar o corpo é difícil, acho que vou parar por um tempo.
Fico grata pelo apreço ao poema amiga Carol, já me lês há tanto, já conheces esta nostalgia. Beijinho, tudo bom.
Por aqui nem te conto, está muito pior que da 1ª vaga, ate tenho medo de o marido ir fazer as compras, fico sempre de coração nas mãos.