não sei por quanto tempo vou caminhar, da garganta do tempo me vem esta solidão e é com ela que vejo meu mundo a desabar...ecos chegam de alguma voz distante e em lufadas de vento percorrem-me o pensamento, enquanto meus dedos crepitantes continuam a escrever, a agarrar-se à poesia como arpões, aos poucos morrendo de ilusões e nas janelas das minhas insónias procuro ainda o sonho e pequenas sensações que espalho em meu alento, sem que nada nem ninguém as destrua, porque o sonho é meu e nele eu sou tua...há uma sombra que surge denunciando passos e apesar da decadência eu sonho ainda com teus abraços...constante e cega, vivo nessa loucura da qual já não há volta, nesta fria obscuridade abro de par em par o coração deixo nele à solta para sempre a saudade.
natalia nuno
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