quem me dera fechar os olhos, deixar-me adormecer naquele lugar onde os sonhos parecem reais, a escrita é o meu espaço, as palavras por vezes são hesitantes, outras deixam de ser minhas amigas, mas também me fazem reencontrar emoções e eclodem em mim visões daquele outro espaço, daquele outro tempo que eu gosto de voltar a sentir. Lúcida carrego dia a dia o fardo de ver-me envelhecer que é assim uma espécie de tortura, e à medida que escrevo minhas lembranças, os pensamentos carregados se atenuam e eu com subtileza aproveito esses momentos, e é então que crio um elo mais forte com o passado e com o lugar onde nasci.
Absorvo-me na contemplação, de coisas infantis algumas bem insignificantes, como por exemplo quando ficava seduzida pelo vento que passava por mim e me dizia coisas ao ouvido, inventava conversas com ele e com leveza me deixava ir, sonhando ser pássaro voando no imenso céu azul, ou então abrindo pequenos botões de papoila para ver se eram meninos ou meninas consoante a cor com que me deparava, se rosa menina, se branco menino, ingenuidade atravessada de alegria, trazia o sol na boca, meus anéis e colares eram de flores, e meu coração era um barco que navegava no sonho.
Absorvo-me na contemplação, de coisas infantis algumas bem insignificantes, como por exemplo quando ficava seduzida pelo vento que passava por mim e me dizia coisas ao ouvido, inventava conversas com ele e com leveza me deixava ir, sonhando ser pássaro voando no imenso céu azul, ou então abrindo pequenos botões de papoila para ver se eram meninos ou meninas consoante a cor com que me deparava, se rosa menina, se branco menino, ingenuidade atravessada de alegria, trazia o sol na boca, meus anéis e colares eram de flores, e meu coração era um barco que navegava no sonho.
Tocava as estrelas com os olhos, apaixonava-me pelas cores do arco-íris, era maré inquieta em rebentação, trazia em mim o odor da maresia e a poesia já p'la mão.
natalia nuno
rosafogo
natalia nuno
rosafogo
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