terça-feira, 10 de dezembro de 2019

sem palavras...


são de vidro minhas palavras
trazem desejos de poesia
uma tardia vontade
em ventos sem direcção
a relembrar o passado
com saudade
mas sem perder o cuidado
de machucar o coração
os sonhos, amores, venturas
já foram e já não são!

se a mim me fosse dado
daria a vida de bom grado
para voltar a viver
ao teu coração me entregava
com aquele amor estremado
que trago em mim a sofrer

palavras que um tempo me contenta
de vidro quebram e, logo o tempo
de novo me desalenta...

natalia nuno
 rosafogo

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