segunda-feira, 26 de agosto de 2019

libertação...



sinto-me solta na imensidão das palavras
perco o frio que à alma andava colado
e a vida em mim se ateia
e tudo vem à ideia
corre um tempo de memória, como
um encontro marcado, e um abraço estreito
dum amor que trouxe ao peito
liberto-o no sonho da viagem,
não ficou nada por dizer
junto ao peito só fez paragem
ficou tudo por acontecer.

e lembro este amor com ousadia
sem arrependimentos, com uma certa nostalgia,
ficou a sombra desse raio de sol
na memória que já se esboroa
vapor de água que escoa,
doce libertação nesta escrita
do que ainda sinto no coração
volto a ser daquele tempo
escrevo poema sem fim
com ilusões e verdades
poema a morrer em mim
nas traças das saudades.

natalia nuno
rosafogo
imagem pintarest




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