palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
porque hei-de rir?
Porque hei-de rir
se há flores a definhar no jardim
e já pouco ou nada resta de mim?
porque hei-de rir
se já a morte adivinho
e chegou ao fim mais um dia do caminho?
Porque hei-de rir
se a vida semeou em mim a solidão
se a morte é previsível, só a vida não?
Porque hei-de rir
se trago meus lábios sequiosos
no silêncio, e o corpo adormecido
num vazio sem sentido?
Os sonhos foram suicidas corajosos
abandonaram-me não deixaram rasto em mim
resta a estrada a chegar ao fim
porque hei-de rir?
Vou rir-me do Poeta não de mim.
natalia nuno
rosafogo
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