palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
a culpa é da palavra
a culpa é da palavra
que me leva a aspirar a felicidade
me deixa o espírito agitado
gera em mim a saudade
dissipa-me a ilusão
choro se não a amo e choro
porque a amei
derramo lágrimas em vão
a culpa é da palavra,
que de tanto a admirar
é quimera, sonho difícil
de alcançar...
a culpa é da palavra
um mar a rebentar em mim,
onde chega o prazer e há tanto
por dizer...deste meu viver.
só ela me espanta assim,
salta, salta na minha mente
baila, baila na minha frente
fala-me d' amor, fala-me de saudade
da memória duma vida
toda bordada de matiz
que vem de longe e floresceu,
de longe... onde eu era feliz!
a culpa é da palavra
da sua beleza e melancolia
abelha que vem ao meu ouvido zumbir
borboleta vaidosa que me vem beijar
uma e outra vez a repetir
que é barca que me leva em alto mar
sempre na minha alma a germinar,
ela que exalta o meu viver
luz divina, que
me faz mais mulher.
natalia nuno
rosafogo
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4 comentários:
A palavra voa
perturba nossos sonhos,
mas é a palavra
que alivia a inquietação
de um espírito
que procura sempre mais
Vamos amar a palavra!...
Sem esquecer o poema
que tanto pede
que tanto diz
e que procura tudo
e não esquece nada
que se inquieta
e não para
não pode parar!
Linda e profunda essa sensibilidade!
Maria Luísa
Olá Mª Luisa
A palavra é ouro.brilha insistente é a expressão dos nossos sentimentos, é sereia no nosso porto, leva-nos mais além de nós...
Agradeço a tua visita e excelente comentário...beijinho bom domingo.
Quando reflito no poder da palavra surpreendo-me ao descobrir que ela pode tudo. Pode transformar e pode aniquilar em questão de segundos. Lindíssimo poema. Feliz semana. Bjs
Olá Natália.
As tuas são como uma nascente
Nelas, corre sempre a mansidão
Trazendo o afago da tua mente
Que nos aconchega, o coração!
De palavras se vive, de palavras se morre. Bem hajam todas aquelas que dão vida, como é o caso!
Beijo
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