rompe-me o coração na passagem
faz de mim sombra
nesta viagem
abra-se a ferida
nesta casa abatida.
ficam os alicerces
feitos de raízes afeiçoadas
que já mal recordo,
com palavras magoadas
me deito e acordo.
voltam meus olhos ao passado
a querer resistir ao tempo
a querer reagir à crueza
até à exaustão
e o tempo a dizer-lhes ...Não!
agride-me violento
e me rasga o sono
ah...temo o esquecimento!
já me dói o que de mim perdi,
exausta sobrevivi...
resta o Poeta!
O Poeta está aqui.
3 comentários:
pOlá Natália
O poeta está aqui e estará
As musas muito têm a dar
Nas entranhas nada parará
Cujo coração só sabe amar
Teus poemas viajam no tempo, como que não tenham fim. A poesia é isso mesmo ficar no nosso tempo, e para além dele!
Beijo
João
Olá meu amigo João
Não sei até quando, vou ter esta facilidade em escrever regularmente, a vida está sempre em mudança e eu sempre tive receio do dia seguinte, mas enquanto der vou deixando as palavras saírem, mas para além de mim será que resistirão ao tempo?
Gostava que assim fosse...
Grata mais uma vez pelas tuas palavras
Beijinho, tudo bom
Olá Natália
Que receios são esses, minha amiga? A vida é feita de constantes mudanças. Neste contexto que é que te apoquenta? Só partilhas se quiseres como é óbvio. Mas sabes que tens aqui um amigo para te escutar, e se preciso for, ajudar através das palavras. E já deves ter reparado que as minhas podem ser de alguma valia!
Beijo
João
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