Durmo sobre a morte
Vivo um eterno desafio!
Cada dia é um dia de sorte
E assim se esvai a vida em rodopio.
Um dia azul, um dia cinzento
Tudo parece e, logo nada é!
Há noites de insónia sem alento
Tudo é ilusão, resta-me a fé.
Há palavras mortas
e o mundo às escuras
Atónita, no tempo faço oração
Abrem-se as portas
do meu coração,
à saudade enternecida,
que não domino e é mais forte
do que eu
E fico no céu
ainda em vida.
E assim a tristeza se compromete
Abalam as horas cinzentas, sombrias
E a morte comigo não se mete!
E sobre ela vou vivendo meus dias.
natalia nuno
rosafogo
Poema de 2001
imagem da net
1 comentário:
Olá Natália
Alma, perdida em solidões
Aninhadas em teu regaço
Mas deve-lhes gratidões
De todos os seus abraços…
Muito depende de nós
A força que damos á vida
E nunca estaremos sós
Quando ela nos é querida…
Deixa os rios levar tuas dores
Dentro desse peito entristecido
Guarda apenas, e só os amores
De tudo de bom, que foi vivido…
Nada mata um coração
Quando tem muito querer
Ele tem sempre uma canção
Que dá força ao seu viver…
Beijo
Pétala
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