quarta-feira, 11 de julho de 2012

AFUNDADA EM MIM




















Durmo sobre a morte
Vivo um eterno desafio!
Cada dia é um dia de sorte
E assim se esvai a vida em rodopio.
Um dia azul, um dia cinzento
Tudo parece e, logo nada é!
Há noites de insónia sem alento
Tudo é ilusão, resta-me a fé.

Há palavras mortas
e o mundo às escuras
Atónita, no tempo faço oração
Abrem-se as portas
do meu coração,
à saudade enternecida,
que não domino e é mais forte
do que eu
E fico no céu
ainda em vida.

E assim a tristeza se compromete
Abalam as horas cinzentas, sombrias
E a morte comigo não se mete!
E sobre ela vou vivendo meus dias.

natalia nuno
rosafogo
Poema de 2001

imagem da net

1 comentário:

  1. Olá Natália

    Alma, perdida em solidões
    Aninhadas em teu regaço
    Mas deve-lhes gratidões
    De todos os seus abraços…

    Muito depende de nós
    A força que damos á vida
    E nunca estaremos sós
    Quando ela nos é querida…

    Deixa os rios levar tuas dores
    Dentro desse peito entristecido
    Guarda apenas, e só os amores
    De tudo de bom, que foi vivido…

    Nada mata um coração
    Quando tem muito querer
    Ele tem sempre uma canção
    Que dá força ao seu viver…

    Beijo

    Pétala

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