Faço tranças nos cabelos da lua
E deixo-a mirar-se no meu rio
Volta sempre à minha rua!
Acorre a memória a avisar-me
sem piedade, mas fantasio...
Esqueço a realidade.
À noite tenho saudades de mim
Abre-se a janela da melancolia
E aí sim!
Surge a lembrança enevoada
Como o céu neste fim de dia.
Da tranquilidade nasce a saudade
Doce e bela...
Entrando p'la janela se instala
dentro de mim.
Trazendo-me a tal saudade,
inabalável, rouba-me o sono
e por fim...
estremece-me os sentidos,
ficam meus olhos seduzidos.
As cigarras vão cantando
os riachos correndo,
o vento ébrio voando
o vozear à minha volta crescendo,
o fogo em mim em combustão.
Me sinto inteira de alma
e coração.
Mais um sonho a chegar ao fim
Tenho saudades de mim...
natalia nuno
rosafogo
imagem da net
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