sexta-feira, 4 de novembro de 2011

JÁ OS CHOUPOS SE VERGAM


Já o trigo se dobra
ao amor p'lo vento
Também a vida me cobra
A plenitude do momento.
Já os choupos se vergam
sobre as águas do rio
Também meus olhos enxergam
Dias vindoiros de frio.
A ave voa peregrina
p'lo poente dourado
Esqueci meu tempo de menina
Que passou...é passado!

Corre o regato no vale
Pressa leva no caminhar
A esquecer todo o mal
Chovem meus olhos ao te olhar.

Passa o vento e faz rumor
Esquece a tarde que o poente dourou
Como pássaro abrigo-me amor!
Que o tempo de mim te  levou.
Andam  pardais nos olivais
Decoram a paisagem alegremente
À vida ninguém foge jamais,
ao sofrimento,
ao tempo inclemente.
Tudo nela são passos contados
É preciso viver cada momento
E agradecer de joelhos prostrados,

os dias cobertos duma certa claridade
são agora sombrios
são a forma
que é nos meus olhos
saudade.

rosafogo
natalia nuno



2 comentários:

Sandra Portugal disse...

Parabéns, muito lindo!
bjs Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com//

orvalhos poesia disse...

Obrigada Sandra, pela visita e pelo apreço.
Fico contente, bem hajas.

Beijo, bom fim de semana.