palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
NO OCASO DA VIDA
Ando nas coisas do tempo perdida
Perdida como o jorro duma fonte
Que canta...canta ferida!
No esquecimento do monte.
Numa noite qualquer
com ou sem luar
hei-de gritar
O que não pode morrer!
Abrir de par em par
A alma, erguendo-me com rebeldia
e meu grito há-de ressoar
Melhor do que a palavra faria.
Quando a minha mão cessar?
E não haja mais que esquecimento
E seja um longo calar?
Meu tempo será apenas um momento
E na mão que palavras escrevia
Não creio que haja mais nada
Só resignação fria e sombria.
Ou uma esperança desolada.
Ando nas coisas do tempo perdida
Vão-se as horas os minutos, vagueiam,
pela minha atenção distraida.
Na mente lembranças se passeiam,
no ocaso da vida.
E o olhar permanece atento,
aberto de par em par
com a suspeita da morte
que um dia vai chegar.
A vida foge para um sítio
onde nos resta esperar.
rosafogo
natalia nuno
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário