palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
ATÈ QUANDO?
O teu pôr do Sol
Ainda brinca na minha face
Volvendo quase tudo à minha lembrança
Não deixa que o tempo passe
Sonho-me ainda criança.
Lembranças,
âncoras onde eu aporto
Sinto da terra o odor
E exorto!
Sinto da terra o cheiro do amanho
Sinto o serenar duma noite de calor
Com os pirilampos em rebanho.
Errando pelas hortas,
A horas já mortas.
Seria Agosto? Ou Setembro?
Pela poeira do caminho...
Era Setembro, eu lembro!
Esta lembrança obstinada
De lembrar a terra amada.
Com todo o meu carinho.
Minha terra de alfazema
e rosmaninho.
Sonho contigo noites a fio
Sonho com o serpentear do teu rio
Lembro o sol ainda medroso
Nascendo atrás das casas
E eu esticando o pescoço
Querendo abrir minhas asas.
Ainda hoje rezo ao Stº António
E lembro o baile improvisado
Ali conheci aquele demónio
Que me deixou de namoro adiado.
Eu lhe fiz tanta promessa
Coisas da Mocidade!
Que agora ainda regressa
De quando em quando a saudade.
Vivo e assim vou lembrando hoje
Que o ontem já se acabou!
E já a Vida me foge...
Mas o sol ainda espreitou.
natalia nuno
rosafogo
imagem retirada do blog
imagens para decoupage
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