quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

TEIMOSA LÁGRIMA














TEIMOSA LÁGRIMA

Uma lágrima teimosa que assoma
Sem se dicidir a correr
Rebelde, parecendo oferecer
resistência.
E sempre a saudade
Com insistência!

Já se enredam as horas
Parece ter caminhado uma eternidade
às vezes me dá vontade!
Ir por aí fora
Por montes e vargens
Que permanecem na lembrança
Descansar nas margens
Do rio da minha memória
Onde em criança
O salto à àgua era minha glória.

Nada do que foi volta a ser
E esta lágrima teimosa
A não querer ceder!
Tudo parece estar a ficar ausente
A vida é misteriosa...
No mais fundo de mim, se sente.
Mas irei sempre guardar com desvelo,
este apelo
que a memória me faz
Ainda que às vezes com tristeza
Voltarei sempre lá atrás.
Rever com delicadeza
toda a imensidade
sem nada apagar.
Dizendo adeus
só quando a vida
me afastar...

rosafogo
natalia nuno

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