palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
segunda-feira, 14 de junho de 2010
NA MOLDURA DO SOL POSTO
Põe-se o sol mas não é noite ainda
A tarde vai levando o dia pela mão
Vaidosa se vestiu de dourado, linda!
Deixou meu olhar lembrando com emoção.
Nos derradeiros momentos deste olhar
Que sorveu tanta luz, o tempo parar.
Na moldura do sol posto
Lembrar, um sonho chamado infãncia
Os traços do rosto,
Agora esbatidos na distãncia
Ainda o verde terra nos olhos surgindo
E raios de Sol ainda a espreitar.
Na noite que vem vindo?!
Um sonho, um outro ainda sonhar.
Aconchegar-me às estrelas
Empoleirar-me em segredo,
na noite escura.
De palavras singelas,
o sonho afrontar de alma pura.
Rever-me ainda nesta moldura.
Porque o coração jamais olvida!?
Que a meninice meu olhar guarde.
Para que não seja esquecida,
Os dez réis de gente.
Estrela perdida.
E a recorde sempre
No encanto d'outra tarde.
natalia nuno
rosafogo
Dez réis de gente, me chamava com ternura minha
avó.
Todas as fotografias postas são tiradas por mim nas minhas viagens.
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