terça-feira, 25 de julho de 2023

sombras...


murcham as flores que coloquei
num verso onde não havia água,
morreram os amores que amei
no coração, a sofrer de mágoa.

chegou a minha vez
agora murcho eu
murcha a minha tez.
por tanto tempo correu
a vida que Deus me deu,
que resta, 
este poema sem valor
e aperta-se no peito a dor.

na memória momentos partilhados
recolho todos os instantes
gestos e ternuras não esquecidas
e tuas mãos acompanhantes
fazendo de meu corpo avenidas
intensas madrugadas
estremece a claridade,
quando nos vê abraçados
amanhece, e aos ouvidos a música 
de sonhos sonhados.

perdura nos meus olhos a sombra 
que os ameaça
desvanece o coração e o tempo passa.

natalia nuno 
rosafogo

3 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida amiga Natália!
Sombras invadem nosso viver.
Outrora luzes brilhavam.
"... morreram os amores que amei
no coração, a sofrer de mágoa."
Tenha dias abençoados!
Beijinhos

" R y k @ r d o " disse...

Poema sentido que me fascinou ler
.
Cumprimentos poéticos
.

Cidália Ferreira disse...

Poema fantástico!!
.
Por cá...
.
Beijos e uma boa noite!