como água em debandada
foi-se a minha alegria
lágrimas à beira do vazio
nos confins sem tempo
vai a minha estrada...
e eu tão só na nostalgia,
simples o resumo da vida
que voou entre meus dedos
intensa, dizem as linhas da mão
ora oásis, ora deserto
- grão a grão, sem medos.
ouvindo o sangue à distância
na janela de par em par aberta
do coração de criança, sempre
alerta...
como água em debandada
agora mais negra, mais cansada
-vida é só já, chapinhar!
com desolada luz me alucina o olhar
já não sou a menina, trago dedos
de solidão e a saudade
que floresce feita obstinação.
natalia nuno
4 comentários:
"sou a menina, trago dedos
de solidão e a saudade
que floresce feita obstinação."
Boa noite de paz, querida amiga Natália!
Assim somos as que não se deixam abater de vez.
A poesia nos liberta.
Ler você acalma as palavras em mim.
Tenha dias abençoados!
Beihinhos com carinho fraterno
Obrigada querida Roselia, boa tarde para ti, saúde.
Beijinho
tudo bom amiga.
Gostei bastante do poema! Obrigada pela partilha!
.
Abro a cortina de sorriso no rosto
.
Beijos. Boa tarde!
Nas linhas da mão, encontra a vida: ora oásis, ora deserto. Compreender cada um dos momentos, não é fácil, mas não deixe correr os dias na água em debandada. Um belo poema, muito melancólico.
Uma boa semana.
Um beijo.
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