quando morrer
deixo-te beijos em testamento,
aqueles que não aceitaste,
viver é escolher
e dizes tu que me amaste!?
o amor é oceano de ternura
duradoira, que sempre dura.
e dizes tu que amaste!
os ramos adoram as ramas
e sonham vê-las floridas
quando dizes que me amas?
sílabas soltas perdidas.
ilumino o avesso do espelho
e de nada me recorda, apenas
o que jamais escutei, o velho
tempo, das flores amando-se.
por entre raios dos canaviais
escuto a languidez dos meus ais
como se de música se tratasse
e eu ainda te amasse.
são tempos distintos que junto
neste momento
e deixo na confidência do vento
e tu dizes que me amaste!
sussurras ao meu ouvido
agasalho com que calaste,
meu coração ressentido.
natalia nuno
rosafogo
1 comentário:
Querida amiga Natália, bom dia!
Há quem diga que nos ama e, no entanto, não corresponde com igual sentimento.
Seu poema tem uma realidade muito bem poetizada.
Nada passou despercebido à poetisa amorosa.
Adorei o "deixo-te beijos em tratamento".
Quanta sensibilidade, amiga!
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
💐😘
Enviar um comentário