terça-feira, 5 de julho de 2022

no fundo de mim...




já pouca ilusão passa por mim
como se pode esvaziar assim o que vestia
o coração?
o que ficou da vida que vestia este vazio?
tudo sumiu, só esta saudade presente.
de repente volto ao passado,
não posso deixar morrer o que me alumia,
aquele sonho duma noite qualquer
suficiente para com mais ventura viver.
olho o fundo de mim e vejo
recordações amontoadas
como borboletas ao meu redor,
entre tílias perfumadas...
aqui estou eu despida,
por mim já pouca ilusão,  mas
meus olhos ainda pedem vida
e palavras escritas pela minha mão.

vigia-me a insónia, encosto-me à cortina
nesta noite crua em erma solidão,
e recordo a menina 
que ainda se abriga em meu coração.

natalia nuno
rosafogo



6 comentários:

- R y k @ r d o - disse...

Fascinante de ler
.
Cumprimentos … uma semana feliz
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

Roselia Bezerra disse...

mas
meus olhos ainda pedem vida
e palavras escritas pela minha mão.

Boa noite de serenidade, querida amiga Natália!
No âmago do nosso ser, residem sonhos que não se extinguem jamais.
Muita bonito dizer a verdade em poesia.
Tenha um amanhecer abençoado!
Beijinhos com carinho fraterno

Susana disse...

O melhor olhar e acompanhado com palavras...!
Beijinhos prima Natália.

orvalhos poesia disse...

Obrigada amigo Ricardo, desejo saúde.

abraço

orvalhos poesia disse...

Beijinho Rosélia, sempre bom receber o teu apreço.
Agradeço o teu carinho

orvalhos poesia disse...

Que bom Susana, amei sentir-te aqui neste espaço que é sossegado, onde pretendo esquecer um pouco o mundo por onde tenho caminhado, alguns lugares me trouxeram não só momentos maravilhosos, mas também alguns bem maus, estou a lembrar-me do Lusopoemas, onde a inveja se fazia sentir, e alguns começaram a ser maltratados eu inclusive, quando a nossa poesia sobressaia sobre a dos que se julgavam letrados, passei por isso, mas era nova e aguentei, e assim deixei por lá quase dois milhões de visitas e comentários. Agora cansei, necessito de paz. Deixo muitos sítios onde partilhava, tudo tem o seu tempo, agora tenho de apanhar ar, viver com a natureza por perto, sentir-lhe os cheiros, voltar um pouco à infância e fruir mais a vida.
Um beijinho priminha, tudo bom, obrigada por teres vindo.