domingo, 17 de julho de 2022

gomos sumarentos de paixão...



não me falem de papoilas escarlate
mariposas e crisálidas nas candeias
os prados verdejantes de aveias
onde as vidas eram grandes eram cheias
desse amor que hoje não pode resgatar-te

preciso habituar-me a este rosto
preciso substituir este meu olhar
nas papoilas deixei o sorriso posto´
e agora já não lhe consigo chegar
os olhos verdes de lágrimas marejaram
sigo triste, a noite avança na minha estrada
os sonhos nos verdes prados ficaram
hoje amor...me sinto desanimada

contempla o sol que cinge a madrugada
em gomos sumarentos de paixão
abraça o corpo feno, alma calada
sou teu cavalo, armadura e tua espada
levando do teu peito a solidão
deixa pousar em ti as mariposas
nas papoilas de teus lábios côr de rosas

o teu sol banhou o horizonte de côr
eu presa à janela olho-te à distância
como se o Mundo explodisse Amor
cada vez que poisas na minha lembrança
és recordação viva que quero conservar
meu coração de ti jamais se perderá
com ternura meus lábios deixo murmurar
e às estrelas juro, este amor não morrerá.

DUETO entre  Beija- Flor e Rosafogo
no Lusopoemas

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