vêm as aves saudar-me
por entre folhagem
trago da infância esta tão nítida visão,
o redobrar do canto, como que a chamar-me
havendo entre nós hipnótica atração
já não existe o tempo
desagregou-o o vento
nem céu azul, nem estrelas
ou seria o meu pensamento
que ao ouvir o meu lamento
se cansou de vê-las?
já não há saída deste labirinto
o que resta deste mundo é nada,
assim o sinto!
procuro uma palavra que seja
uma porta de saída,
neste poema quase sem vida...
sou uma história que se esquece
deixo um sonho inacabado
e o mundo para mim fenece
dou meu tempo por terminado.
vêm as aves saudar-me
por entre a folhagem,
no sonho já não ouço o borbulhar do rio
já não existe nele minha imagem
vai-se o sonho, a pensar me ponho,
- sinto a vida presa por um fio.
natalia nuno
rosafogo
2 comentários:
O Natal e um/a data/dia particularmente especial em que os corações humanos estão mais amigos e solidários. Dia de família. Dia de Paz e Amor. Gostei muito do seu poema. Deixo votos de um
FELIZ DIA DE NATAL, extensivo à sua família e amigos/as.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Obrigada Ricardo, igualmente para si e família um dia passado com alegria. Temos que agradecer por irmos tendo saúde e não nos faltar o que é essencial, talvez o Ano Novo nos reserve alguns dias melhores a todos, é o que lhe desejo um Bom Ano Novo.
Enviar um comentário