o tempo me agasta
quando não estou contigo
da felicidade me afasta!
deixa a vida numa estreitura, sem abrigo
sombria, sem claridade como noite escura,
abrem as rosas, e eu sem tua doçura.
surdos meus ouvidos, emoções apagadas,
minhas mãos quietas, ideias quebradas
o coração guarda segredo
avança na sombra
toca-lhe o amor com o dedo,
logo as mãos a querer voar
bate o coração para ser amado
e poder livremente amar.
a saudade já adivinhas
nas palavras destas linhas.
a poeira do caminho se agiganta
ouço o coração bater
e um nó na garganta
quando a nostalgia se faz valer!
confundo sonhos com o que não terei
vejo horizontes onde nunca me verei
faço deles companhia da minha solidão,
nas noites invernosas e nas tardes
melancólicas de verão,
quando o tempo me gasta
e de ti me afasta...
natalia nuno
rosafogo
imagem pinterest
2 comentários:
Uma perfeita e poética descrição do monstro da nostalgia.
Inspiração e construção na arte de poetizar com beleza.
Abraços e feliz semana.
Grata amigo Toninho, fico feliz com o apreço ao meu poema.
Desejo-lhe saúde e uma boa semana!
Meu abraço fraterno.
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