sexta-feira, 31 de julho de 2020

aldeia amada...


Hoje deixo este poema do Poeta conterrâneo que muito admiro pela sensibilidade que sempre encontro nos seus poemas, sinto-me homenageada, pois o meu poema «do que fui sou a saudade», serviu de mote a este tão belo.
ALDEIA AMADA
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"SE CALHAR NÃO SOU NINGUÉM?!"
(Verso do poema "Do que fui, sou a saudade...", de Natalia Canais Nuno, que serviu de mote a este poema.)
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Venço devagar, passo após passo,
a distância que me afasta
da memória com que refaço
o tempo que em mim se gasta.
A luz ainda tremula na candeia sobre a mesa
E a telha vã do telhado deixa entrar a luz da lua
para mostrar toda a pobreza
que se arrasta no desamparo da rua.
Humildes olhos enquanto choram rezam
ladainhas de dor e vãs esperanças,
vivem do labor que tanto prezam,
qual sonho que acalentam desde crianças.
P'los caminhos, entre silvados e chão duro,
trinados de rouxinóis e chiadouros,
escorre o suor e nasce o futuro,
que é rumo dos que lutam sem desdouros.
"Se calhar não sou ninguém..."
ou talvez seja pedaço de quase nada
que ama quando recorda e, mal ou bem,
é feliz por ser filho da aldeia amada.
Em 30.Jul.2020
PC


2 comentários:

chica disse...

Que lindo! Deixo os parabéns aos dois! beijos, chica e lindo fds!

Meulen disse...

Buscar en el origen , dentro de ello lo valioso que se aprendió
a seguir batallando esta vida, pese a las dificultades
nunca olvidarse de donde se es...