terça-feira, 9 de junho de 2020

no poleiro da memória ...



no poleiro da memória papoilas vermelhas a atear a chama antiga, neste outono onde os desejos e os sonhos ainda não empalideceram, e são razão bastante para me arrancarem da solidão... não há rio de tristeza que me afogue, nem loureiro que não me abrace, e eu respiro na margem como se ainda fosse fim de verão, mas já o outono me açoita, e o inverno me cerca... uma ameaça fere e suga-me o ânimo...o tempo! quero adormecer sobre minhas lembranças, perder-me nos passos até ao fim da rua onde teu amor me chama, e entregar-me como lírio silvestre se entrega ao sol num último gesto, logo que a manhã se afoga ou o entardecer se rasga...crio assim em minha mente um espaço de beleza e amor, entre o silêncio e o vazio e, o coração se aquieta...
natália nuno

4 comentários:

chica disse...

Que lindo Natália e encontrar um espaço que nos abrace é o máximo! LINDO! bjs, chica

Roselia Bezerra disse...

Bom dia de muita paz, querida amiga Natália!
Cada uma mais belo do que o outro.
"Onde o teu amor me chama" é bem aí que também quero ficar.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

orvalhos poesia disse...

Queridas amigas de além mar, como eu seria feliz se vos tivesse por perto. Quero agradecer-vos as palavras gentis e amigas que sempre me deixam. Um grande beijinho

Roselia Bezerra disse...

💐😘🙋